20 de novembro de 2010

Conteúdo do Enem não condiz com a realidade da educação pública do Brasil

O número de questões da prova do Enem  (Exame Nacional do Ensino Médio) quase triplicou, de 63 questões a avaliação agora contém 160 questões separadas em quatro provas, mais a redação. Os candidatos têm exatamente 10 horas divididas em dois dias para fazer a avaliação.
O estudante de Sistemas de Informação, Rafael Altagnam, 21 anos, já fez o Enem três vezes, nos anos de 2007 e 2008, a prova ainda tinha 63 questões, em 2009 a prova já tinha se reestruturado. Segundo ele, o exame tinha muitas questões que ele não tinha condições de responder, e que a prova era extremamente grande, o que a tornava cansativa. “No ensino médio e fundamental sempre fui um aluno que fazia além do que me pedia. Assim consegui um pouco mais de conhecimento, mas declaro que juntando tudo não foi o suficiente para eu fazer a prova com segurança”, conta.
Para ele o ensino público não oferece condições para os alunos fazerem uma boa avaliação no Enem. “Acho que o nosso ensino público não nos prepara para isso, nos dá apenas a base, precisamos de algo a mais”, diz.

(Ouça um trecho da Entrevista)
Rafael ganhou uma bolsa do PROUNI (Programa Universidade para Todos) em todos os anos, mas só em 2008 que conseguiu o curso e a faculdade que realmente queria cursar. “Consegui aprovação para bolsa na terceira chamada, minha média foi aproximadamente de 72 pontos. Adoro meu curso, e gosto de aprender, tenho a convicção que é o curso dos meus sonhos”, diz.

Para a mestre em Educação, Rachel Martins, o conteúdo cobrado na prova do Enem não é compatível com o que se ensina nas escolas de Educação Básica, mas a proposta do governo é justamente forçar as instituições e seus educadores a reverem suas práticas visando um ensino de maior qualidade. Segundo ela, as escolas privadas já estão preparando, reestruturando o processo  de ensino e a metodologia, além da constante capacitação de seus educadores. O tempo seria suficiente se o candidato estivesse apto pra fazer a prova. “O aluno estando preparado desde o 1° do Ensino Médio com este tipo de prova, tira de letra. O tempo passa a ser suficiente. Há todo um cálculo, com bases científicas, de tempo médio para realização de cada questão de acordo com o grau de complexidade”,afirma.

A estudante do último ano do ensino médio, Sara Marques achou o exame muito difícil. Disse ainda, que fez um cursinho pré vestibular no último semestre, para prestar vestibular para o curso de direito.
(Ouça um trecho da Entrevista)
Muitas faculdades e universidades estão aceitando as notas do Enem como forma de ingresso dos candidatos. Segundo dados do Mec , isto foi um dos pontos cruciais para o aumento número de candidatos.
Para Rachel Martins, a universificação do processo seletivo reforça ainda mais a exigência de mudança na qualidade do ensino nas escolas da educação básica.  Mas  é preciso que alunos, pais, comunidade de modo geral, pressionem as escolas públicas para que não fiquem de fora do processo, e que haja mudança na prática educativa de forma a permitir que nossos alunos tenham mesma oportunidade que alunos da rede particular. 

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13 de novembro de 2010

Bicho papão brasileiro

De tudo que temos em casa, o que na verdade é 100% brasileiro? Creio que só os moradores, mas ainda com controvérsias, pois os traços da globalização já estão fragmentando nossas mentes, e interferindo na nossa tão bela maneira brasileira de ser.
Bicho Papão
Em agosto deste ano o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o Brasil não corre risco de desindustrialização, pois o que houve foi apenas um encolhimento do mercado de manufaturados em todo o mundo, e que o nível de investimento industrial vem crescendo a cada ano.
Então, na verdade, de onde veio esse mito de desindustrialização brasileira? José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil, expôs sua teoria em artigo publicado no blog do Ricardo Noblat.

“Há uma campanha em curso, patrocinada pela grande mídia e pela oposição, para disseminar a tese de que o Brasil passa por um processo de desindustrialização. Articulistas mal-informados (ou mal-intencionados) pregam aos quatro ventos que o câmbio valorizado e os juros altos seriam as causas do aumento das importações, e que esse aumento destruirá a indústria nacional”. (Trecho extraído do artigo “O mito da desindustrialização”, de José Dirceu)

Segundo dados da Fiesp (Federação das indústrias do estado de São Paulo) no período de 1970 a 1972, a industria representava 25,3% do PIB (Produto interno bruto) brasileiro, de 2005 a 2007, está entre 15,7% e 14,6% do PIB.
O  fato é que importamos muito, mas a exportação também é grande. Os valores podem até ser considerados desiguais, mas o Brasil é um pais que ainda está engatinhando. Quinhentos e poucos anos torna o Brasil uma criança em comparação aos países europeus.
Educação é a chave. O Brasil precisa de tecnologia. Especialização, mão de obra qualificada. Para que não precisemos enviar matéria prima para o exterior para produzir um chip que poderia ser feito e vendido aqui a um valor mais justo. É preciso que agreguemos valor ao que produzimos, ao que temos. Não se sabe ao certo se a  desindustrialização ainda é um mito, mas historinhas como a do bicho papão que assuntam crianças,  podem assustar investidores e empresários, que no futuro tornar este mito uma realidade.

Referências: 
NICOLSKY, Roberto. Opinião: Desindustrialização e crescimento sustentável.
DIRCEU, José. O mito da desindustrialização.
Site: Fiesp

31 de outubro de 2010

SEGUNDO TURNO SEM SUJEIRA

Balanço do TSE afirma que desta vez as votações foram mais tranquilas

A boca de urna no segundo turno não foi tão intensa quanto a ação realizada no primeiro. Desta vez o chão não foi coberto por santinhos dos candidatos. Botons, bandeiras, faixas nos muros das casas,carros plotados e até conversas, que mesmo bem distante das urnas, podem fazer o eleitor mudar de idéia na hora de votar. Esta foi a saída as pessoas que queriam tentar incentivar os eleitores.
Cartazes de Dilma foram unanimes
em algumas regiões do bairro

Em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte, a votação tranquila. Mas mesmo assim a presença de policiais para impedir a prática da boca de urna foi intensa nos locais de votação. Na Escola Municipal Edir Terezinha, localizada no bairro Guanabara, havia um policial em cada sala.

Prof. de matemática Edson Santos
O analista de sistemas Luiz Carlos Braga, gostou da presença de policiais dentro da escola. “No primeiro turno o chão estava coberto de papel, e as pessoas estavam nos abordando no portão da escola, e havia apenas dois policiais, desta vez foi diferente e melhor, pois a presença da polícia coibiu a prática da boca urna”, diz.

O professor de matemática Edson Santos, foi mesário por muitos anos, e sempre acompanha os trâmites das eleições. Segundo ele a prática da boca de urna é antiga e infelizmente dá resultado. “As pessoas que ainda não escolheram seus candidatos até o dia da eleição são facilmente induzidas. A falta de conhecimento é um fator chave que os praticantes usam para beneficiar os candidatos”, afirma.

De acordo com dados divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em todo o país 306 pessoas foram presas por crime eleitoral. Além da boca de urna, alguns bares que não respeitaram a lei seca foram multados.

Carreata
Uma carreata pró Dilma percorreu toda a região do Bairro Santa Cruz, localizado em Betim, no sábado. Ação começou por volta das 9h e terminou às 12h. Militantes do PT organizaram o evento. Apoiadores do candidato Serra, se concentraram no centro de BH, as 9h30.
Pela manhã na avenida Amazonas nenhuma manifestação foi registrada, até o fechamento desta matéria.

22 de outubro de 2010

Cartilha contra Bullying está disponível no site do CNJ

Você sabe o que é bullying?

De acordo com a cartilha disponível no site do Conselho Nacional de Justiça, o bullying é um termo ainda pouco conhecido do grande público. De origem inglesa e sem tradução ainda no Brasil, é utilizado para qualificar comportamentos agressivos no âmbito escolar, praticados tanto por meninos quanto por meninas. Os atos de violência (física ou não) ocorrem de forma intencional e repetitiva contra um ou mais alunos que se encontram impossibilitados de fazer frente às agressões sofridas.

4 de outubro de 2010

O esporte traz benefícios para todas as idades


Jogos, dança, karaté, entre outros esportes apóia o desenvolvimento da disciplina e auxilia no transformação do cidadão

Para as crianças as atividades esportivas ajudam não só no desenvolvimento motor, mas  também auxiliam nos hábitos sociais.

A psicopedagoga e analista de  gestão Arjelina Luzia Ribeiro atuou mais de 10 anos na educação infantil. Segundo ela, o esporte auxilia no crescimento  intelectual, e ajuda a criança a compreender as definições regras, distinguindo o certo do errado. “Vários conteúdos podem ser trabalhados com o esporte. Podemos inserir  a matemática, a geografia, a biologia, e o português”, afirma.
Veja agora um trecho do filme Karaté Kid.



Além dos inúmeros benefícios para as crianças, a psicopedagoga conta que as atividades esportivas e os jogos, também são utilizados pelas empresas, em seleções para vaga de emprego e também para manutenção da qualidade de vida no trabalho. “Quando você pratica alguma atividade esportiva, você sente mais disposição, e melhora o humor. Alguns especialistas afirmam que a depressão pode ser  combatida com o esporte. Lidar com o outro é  muito importante para as pessoas”, conclui Arjelina.

20 de setembro de 2010

Mazzini faz palestra na Faculdade Estácio de Sá


Fotografia: Daniela Rodrigues
O jornalista político, Leandro Mazzini fez uma palestra sobre o seu livro “Corra que a política vem aí!”, na Faculdade Estácio de Sá, no último dia 16.

O livro reuni crônicas sobre a atual política brasileira, de forma leve e engraçada, e que também não deixa a sua seriedade e importância do universo político.

Mazzini mora em Brasília e cobre o congresso nacional, assina o infome JB, a tradicional coluna política do jornal do Brasil desde 2007, e também é apresentador do boletim diário do telejornal da Rede Vida.

Veja aqui um trecho da palestra.

Além da política, Mazzini falou sobre a convergência de mídia. “O jornalismo vem mudando constantemente. Blogs, portais, twitter, são exemplos de informação instantânea. As pessoas buscam interatividade”, diz.

Segundo Mazzini, vai chegar um dia que todos os jornais impressos vão ser digitais. “Não é vantagem derrubar arvóres, vivemos numa era digital, e devemos saber fazer de tudo um pouco”, afirma o jornalista.

9 de agosto de 2010

De frente com Daniela Rodrigues

A estudante de jornalismo Daniela Rodrigues, de 22 anos, conta que o curso não foi a sua primeira opção, ela queria fazer publicidade e propaganda. "Gosto do jornalismo. Eu não mudaria de curso se pudesse voltar atrás, mas faria outro curso onde eu pudesse ter mais oportunidade, pois o mercado está exigindo um conhecimento amplo de tudo", diz.


Daniela saiu de seu emprego em setembro do ano passado para se dedicar mais na faculdade e para conseguir um estágio na área. "Infelizmente não há oportunidade para aprender e ter prática, o mercado já quer pessoas prontas e com experiência", afirma a estudante.
Imagem do site: ricardocampos.wordpress.com
Seu trabalho de conclusão de curso será apresentado no primeiro semestre de 2011 na Faculdade Estácio de Sá, e terá como tema a comunicação empresarial. "Me interesso pela área de assessoria de comunicação. Acredito que a comunicação empresarial será um campo promissor", conclui.